sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre como é.

Numa certa época de nossas vidas perdemos o medo de dizer o que sentimos, e externamos tudo o que precisamos de modo correlato com nossa realidade, ouvimos coisas não muito agradáveis, muitas das vezes ditas pelas pessoas que mais amamos no mundo, e no entanto não nos abalamos pois assim é a vida e esse é o preço.

Chega uma fase onde dizemos apenas a verdade porque já cansamos de mentir sobre a realidade, afinal a vida já é baseada na farsa em muitos momentos.

Há um momento em que virei pra algumas das pessoas com quem convivo todos os dias e me mostrei do modo como sou, sem nenhuma mascara, com todos os detalhes inclusos no meu ser.

E embora tenha soado artificial falar de coisas as quais eles desconheciam, a continuidade do processo de 'tortura psicológica' a que me submeti rendeu bons frutos, hoje mais cedo vim pra cá conversando com um dos meus irmãos e mesmo que estivéssemos no meio da multidão, conversamos sobre particularidades da vida de cada um, e isso teve um significado bom, pois não somente porque completei 18 anos e alcancei a tao sonhada maioridade, mas pq fui reconhecida como madura o suficiente pra ouvir e avaliar os problemas de alguém a quem respeito desde pequena.

Não é que seja uma coisa fora do comum irmãos falarem de seus relacionamentos afetivos mas visto que na minha criação não sobrou uma só brecha pra cumplicidade entre irmãos, pensei que isso jamais ocorreria entre nós.

Não ele não veio me pedir conselhos, mas quem me conhece sabe que sempre darei meu parecer do fato, é algo involuntário, se vc me conta algo preciso realmente dizer o que achei daquilo, se vc poderia ter feito diferente mas ali eu fui eu sem perceber.

E como isso foi bom.

Acho que crescer é parte de uma coisa interna e externa que precisam interagir pra que tomemos ciência de que isso tudo modifica a nossa forma de ver o mundo, e a forma do mundo nos ver.

Kissus meu povo.





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