quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Sobre fins

Tá doendo pq eu me dei conta que eu não tenho amor ou cuidado.
Ontem eu estava muito deprimida por coisas ruins que me aconteceram, chorei muito e tive muitas ideações suicidas... postei um texto sobre isso no status e chorei até dormir. 
Acordei pensando que devia apagar para não preocupar a pessoa que dizia me amar, mas nas visualizações já tinha o seu nome. Todavia não recebi uma msg ou ligação por medo de me perder... Nos stories da pessoa tinham fotos dela com um alguém que lhe fez mal, mas ambos muito felizes fazendo compras no shopping.. 
Se eu tivesse feito o que pretendia, aquela hora do status já não estaria mais nesse plano. 
Repassei todo o meu relacionamento com aquela pessoa e eu sempre quem corria a cuida-la e consolá-la ... quando cobrada ela dizia que eu devia ensiná-la como cuidar de mim, mas pensando bem ela sempre se antecipa aos cuidados de qualquer outra pessoa que não fosse eu.
Lembrei daquele texto: não devia estar lutando por um lugar na sua vida, simplesmente ponha-me lá... ou algo assim
Exclui essa pessoa de todas as redes sociais, não mandei uma msg sequer e descobri que ao não fazê-lo simplesmente não recebi uma mensagem de quem dizia se importar... 
Eu era útil, mas não respeitada como igual.. 
Numa das piores fases da minha depressão passei a me comportar como pessoa de segunda classe. E aquela pessoa? Se sentiu confortável em me tratar como subalterna... pq sim, sempre foi sobre isso e só eu que não tinha me dado conta de quão real era.
Eu chorei, não por ele, mas porque em toda minha vida foi assim: pessoas vieram e se foram, usando o que podiam  do meu corpo e da minha alma enquanto eu era "interessante". E me descartaram quando foi conveniente. Pq eu não valho a pena, não valho o investimento/gasto/custo/esforço 
A pessoa anterior valia X ação.
A pessoa posterior fazia sentido realizar Y investimento. 
Só a mim nunca faz sentido nada, eu aceito qualquer coisa mesmo...
Eu n sei o que é o amor e assim as migalhas que caem da mesa me parecem muito atraentes. Por elas dou tudo o que posso, até não poder dar mais, daí sou taxada de egoísta e injusta, mas cadê meu retorno? Cadê a reciprocidade? 
Gente como eu não merece isso.
Gente como eu nasceu pra ser estepe, fast foda,  ou qualquer nome que queira designar como um passatempo em que só eu não tava sabendo que era jogo de interesse onde um obtém uma vantagem em detrimento de algum sacrifício alheio.
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terça-feira, 5 de setembro de 2023

Fora de mim

Imparável
Essa palavra existe?
Trabalho intelectual e (eventualmente) braçal como advogada, estudo (muito estudo!) para terminar essa bendita faculdade de medicina, TCC (longo e trabalhoso que inventei de embarcar), projeto de extensão (que criei e não sei como desenvolver e o povo acha que eu sou algum tipo de guru ou coisa que o valha), ligas acadêmicas (e seus mais variados afazeres para me manter ativa e merecedora de horas complementares), atividades escolares da filha (oficinas, passeios, etc.), levar/buscar na escola, e  nas terapias, administrar reuniões das terapias e da escola, regular todos os horários (dormir, comer, estudar) de outro ser humano, ser sociável/amável, ter tempo para ouvir/falar com familiares e amigos, cuidar de mim (quando e com que dinheiro?)

Me sinto sem descanso, incapaz de ter um minuto de respiro por longos dias ou semanas
Todo mundo quer que eu aguente mais um pouco, que me esforce um pouco mais... como se eu já não estivesse fazendo isso todos os dias da minha vida.

Aqui dentro é uma bagunça, os dias turbulentos tem sido rotina, as oscilações de humor tornaram a minha vida um inferno, mais uma vez.
Cuidar da saúde mental é luxo e não podido fazer isso por mim, já são meses sem medicação e os efeitos são palpáveis
As  vezes que a crise vem é forte e avassalador, e eu só quero que tudo pare para eu poder não fazer tanta bosta, mas a vida lá fora não para... Não posso simplesmente pedir por clemencia.
Quero poder ser normal e me orgulhar de fazer os pratos se equilibrarem e girarem nas varetas, mas eu estou quebrando 15 pratos por hora e colando os cacos para reutiliza-los logo depois.

Ainda assim estou completamente racional com algumas questões, abandonando o barco antes que afunde com ele, impedindo que os danos sejam ainda mais profundos emocionalmente... porque eu já vivi o suficiente pra saber quando algo tem tudo pra não dar certo.
De outro ponto de vista, não consigo pensar em como desenvolver resiliência/paciência para esperar que as coisas melhores. Estou sempre na ansiedade de querer que as coisas sejam pra já, pra ontem.... e me entristeço por não ser assim, por ter que esperar - um tempo indefinido - para ter possibilidade de realizar algumas coisas que para outras pessoas parece trivial.

Falando nisso eu não posso desistir de tentar conquistar o básico para mim e para a minha filha, mas pra isso eu preciso voltar com meus remédios, pois sem eles não sou ninguém
na verdade sem eles eu sou alguém desprezível

Queria ser normal, queria ter uma vida normal...

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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Ciar e siar

às vezes eu queria poder desaparecer lentamente
eu tento me agarrar a qualquer chance de sobreviver a minha existência
estar aqui dentro parece calmo pros outros, mas é tormenta
na verdade a verdade me atormenta dia a dia

eu queria poder desistir de tudo
eu estou chegando cada vez mais próxima de mergulhar no abismo

foi o medicamento que me salvou da ultima tentativa de saltar do penhasco
ele me deu animo pra levar adiante
eu não queria ser fraca
não queria depender de nada para viver

mesmo dizendo que eu preciso disso pra prosseguir
o julgamento vem impor a sua vontade
criticar que A ou B não precisou
e nesse momento eu não sei como fazer
é difícil sobreviver a estar sob a minha pele

eu sou estranha
eu não me entendo
eu não posso ser como as outras pessoas
mas o remédio torna suportável lidar com os dias
não ter vontade de sumir 
não ter vontade de morrer
não ter vontade de por um fim a essa sensação de não pertencimento

eu não sirvo pra isso aqui
eu não sirvo pra nada
na verdade eu não sei qual o proposito de eu ter vindo a este mundo

eu não me encaixo
não há lugar ao qual eu pertença
eu só queria poder progredir
mas parece que estou sempre remando pra trás

ciar
é tudo que as pessoas querem de mim

siar
é tudo que eu tento fazer 99,9% do tempo

esperam que eu tolere tudo
que não precise de ajuda
que auxilie todos 
que não incomode
que não seja fraca
que não seja esquisita

eu não posso mudar quem sou
entre ciar e siar 
estou sempre a ponto de saltar 
me agarro as coisas que impedem o impulso para o nada
espero que eu consiga suportar mais um pouco
só mais um pouco
todos os dias
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domingo, 31 de outubro de 2021

Ressaca

Depois de tanto conter seus anseios por uma vida mais livre, ela teve um rompante numa tarde e decidiu abandonar as amarras a que ela há muito se apegava por medo de se arriscar.
Naquela noite ela teve certeza que sua alma não havia morrido e comprovado que poderia sim despertar fagulhas de interesse em outra pessoa... isso não a envaideceu, isso a tornou lúcida, a trouxera de uma realidade de torpor de anos de invisibilidade e desesperança. Dali em diante foi um mar revolto de sentimentos que lhe levaram a deixar aquele alguém conhecer o mais íntimo do seu ser e ela não teve medo de se entregar. Estranhamente ela se sentia bem com ele, sentia como se sempre tivesse aquilo e fosse tão certo como estar em casa. 
Ela se sentia em paz pela primeira vez em muito tempo, mas principalmente ela se sentia feliz.
Há aqueles que desejaram lhe roubar esse momento de plenitude, chamando-a de nomes que não deveriam ser pronunciados e expondo-a publicamente por seus atos "impuros", mas ela já havia passado por tanta coisa que não mais se abalou com mais uma sessão de ofensas vazias de quem apenas estava com o ego ferido.
Ela não tem mais medo de ter sua honra colocada em dúvida, pois sabe quem é e o que honrou enquanto lhe coube fazê-lo. A consciência tranquila dela não permite que se sinta culpada por consequências do que outros estão vivenciando... porque a gente nunca sai sem pagar a conta do restaurante da vida. Nossas escolhas reverberarão em algum momento futuro e o que hoje semeamos será colhido mais adiante. Por isso ela escolhe não plantar nada de que possa se arrepender, ela quer ser leve e feliz, mesmo que para isso tolere muito além do que deveria de algumas pessoas.
Ela achou que as coisas perderiam o rumo dali em diante, mas aquela pessoa segurou na sua mão e quis ficar no meio de toda aquela tormenta. Ela conheceu sua família, seus medos e seus sonhos... e ele mostrou a ela como ser uma versão melhor de si mesma, enquanto ela também o fizera mais completo.
Ela ainda tem o medo enraizado de se aventurar, mas ele aos poucos vai curando essa questão e ela deixa. Ela é insegura e repetidas vezes tentou voltar a ser a antiga versão de si mesma, mas ele não permite e repetidamente afirma o quanto ela significa e o quanto ela não precisa ter medo de se mostrar pra ele.
Na última noite ela se deixou caminhar livre, se deixou contaminar pela liberdade de apenas estar em boa companhia... e ele honrou com a promessa de que cuidaria dela.
Ela está descobrindo que depois de ter enfrentado a ressaca do mar há ainda calmaria na praia, tem pra quem voltar e encontrar a paz.


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domingo, 17 de outubro de 2021

Areia

Hoje a tarde ela se sentiu viva novamente.
Ela riu de coisas bobas e flertou sem compromisso de que haveria um depois.
Ela se sentiu bem consigo mesma em muito tempo, sentiu que tinha possibilidades.
Num minuto de carência ela quase aceitou se aventurar por aí com alguém que não está na mesma sintonia que ela... mas refletiu e decidiu desacelerar.

É muito gostoso ter quem goste da gente, ter quem nos elogie e diga o quanto gostaria de nos conhecer melhor, mas isso não a lisonjeia a ponto de se entregar no primeiro sorriso.

É que ela prometeu a si mesma que não aceitaria menos, não mais...
Ela pode não "confiar no próprio taco" o suficiente para se aproximar de quem considera areia demais para si, mas também não vai se diminuir para "caber no caminhão" de quem ela considere menos do que o seu padrão de "qualidade". 
Ela não tem mais idade pra relacionamentos fadados ao fracasso e não, ela não quer um passatempo com alguém que não sabe o que quer - não que isso seja um problema, ela também já passou por essa fase quando era mais jovem e cometeu inúmeros enganos para chegar até aqui com alguma sabedoria guardada na manga.
Ela não está com relógio biológico tocando, não está desesperada por um casamento, mas ela sabe que merece mais do que uma ficada. Ela sabe que ele é legal e merece viver o momento...
Eles se dão bem, mas não funcionam juntos. Estão em descompasso. 
Tudo que viesse dali não daria certo, então ela da sua já ultrapassada juventude olha pra ele com uma saudade e um tiquinho de inveja por não temer as consequências dos seus atos e decide se afastar...
Se fosse outro tempo, se ela fosse jovem outra vez, talvez se permitisse jogar de cabeça nisso.
Ela já foi imprudente, já insistiu ficar onde não se encaixava e os danos ainda reverberam na sua alma.
Não vai cometer os mesmos erros outra vez. 
Ela pode até estar gostando um pouco dele, mas no fundo ela sabe que merece mais e que talvez esse outro surja em alguma curva do caminho.
Tudo que ela precisa fazer é esperar.
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sábado, 16 de outubro de 2021

Abrindo o coração

O seu olhar parece ter perdido o brilho e ela queria poder recuperá-lo...
Outra vez com "síndrome de salvadora"? Ela se repreende, pois da última vez não havia dado nada certo.
Mesmo se policiando para não pensar nele, mesmo tentando não ansiar pelo dia em que poderá ruborizar ao encontrá-lo, não passa um dia sem que ela sinta vontade de lhe enviar uma mensagem. Embora ela não saiba como dizer um simples "oi". 
Num lampejo de coragem ela o seguiu naquela rede social em que ele nunca posta nada.
Parece que ele não expõe nada sobre si, além do olhar triste nas fotos de perfil em que parece que algo lhe roubou a alegria de viver e apagou o sorriso tímido que talvez a tivesse cativado para esse paradoxo em que está presa.

Ela queria poder acreditar mais em si mesma, queria poder lhe falar sobre esse sentimento sem nome que cresce em seu coração, mas há tanto tempo que ela não se permite ser feliz que nem ao menos sabe se aquilo que borbulha em seu âmago é realmente um amor nascendo.
Mas ela não se sente a vontade com sua aparência, nem com sua inteligência (ou falta dela), nem com todos os comentários maldosos que fizeram sobre ela e que porventura possam ter chegado aos ouvidos dele.
Ela o enaltece, o considera muito além do que ela mereceria. Se rebaixa ao ponto de jamais sequer lhe dirigir a palavra, mas ainda sonha como uma menina boba com aquilo que lhe é impossível.
Ela queria ser diferente, queria lhe mostrar o quão incrível ela pode ser, mas parece que tudo de ruim que já lhe aconteceu se infiltrou profundamente e criou inúmeras raízes que nutrem esse sentimento de menos valia que impede que as pessoas saibam o quão incrível ela é.

Ela não queria se sentir desamparada, não queria se mostrar inabalável e envolta numa couraça resistente. Ela já apanhou demais da vida, queria poder ser cuidada por alguém. 
Pelo que parece ele também precisa disso... e ela não se importaria de baixar sua guarda e deixá-lo conhecer sua fragilidade e mutuamente cuidar de suas feridas se tivesse certeza de seus sentimentos por ela.

Em alguns momentos ela ensaia mentalmente o que poderia fazer para se aproximar dele. Então, ela se enche de coragem e pensa em mandar aquela mensagem que poderia mudar tudo, mas ela tem medo.

Ela conjectura inúmeros impasses quanto ao que poderia acontecer se ele sentisse o mesmo. E quanto mais ela pensa sobre isso, se convence de que nunca daria certo e se resigna ao fracasso iminente como a música: "tudo é tão impossível que ateamos fogo aos remos"

Acima de tudo ela não acredita que alguém como ele gostaria de alguém como ela. Ela crê que não tem nada para oferecer a alguém como ele...
Existe um abismo entre os dois que parece intransponível e ela sabe disso. 
A dor da rejeição não seria novidade, ela a conhece bem... mas o seu maior pavor é ter exposto que um dia ousou gostar dele. Que se riam dos sentimentos dela, que façam troça de seu afeto, tal qual Quasímodo... e esse medo a paralisa.

Ela nunca vai saber se ele poderia um dia lhe olhar da forma que ela o olhava. 
Ela nunca vai saber se ele um dia sonhara com ela como ela o fez tantas vezes.
Todas aquelas coisas irão viver apenas na sua memória de possibilidades  que nunca se tornarão realidade...

Ela se odeia por ser tão covarde.

Tantas oportunidades lhe escoaram pelas mãos por temor do desconhecido.
Ela sabe que só pode conseguir algo tentando, mas ela entra em crise de ansiedade só de imaginar em se mostrar pra ele.

Hoje será mais uma noite pensando em onde ele estará, o que estará fazendo e torcendo para ele estar bem, para que seja feliz e que encontre a felicidade mesmo que seja com outro alguém.

Eu acho que ela o ama, mas o que sei eu sobre o amor?

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Ela se foi

Um dia ela decidiu que nada daquilo lhe servia. 

Naquele dia ela percebeu que não havia restado nada além do vazio dentro de si.

Ela reuniu a última gota de confiança que lhe restou e comunicou o fim, não sabendo ao certo o quanto ainda doeria dali em diante, mas certa de que não lhe sobrariam muitas opções pro futuro além de tentar mudar seu destino.

Naquela noite ela partiu daquela situação, mas também partiu de si mesma e do ponto de equilíbrio em meio ao caos que lhe preenchia o ser.

O que seria dali para frente? Algum dia teria forças para se reerguer?

Muitos dias ruins seguiriam, mas muitos dias bons também haveriam para lembrá-la de que algumas coisas mudariam para poder dar lugar a outras tão boas quanto aquelas foram algum dia.
E como uma brasa reacendida, o seu coração voltou a queimar por sonhos adormecidos.

Ela se permitiu partir de si mesma, daquela versão que se tornara infeliz, para uma pessoa com alguma tímida coragem para enfrentar as adversidades que viessem... e elas vieram, bateram tão forte quanto ela pôde aguentar. Nalguns dias ela chorou, pensou em desistir e ela ainda pensa nisso em alguns momentos  de fragilidade... Mas em outros dias, Ah em outros dias ela brilhou como mil sóis e foi feliz como nunca havia pensado. Porque ela tem medos bobos que aos poucos vai enfrentando, saindo da concha e buscando sua melhor versão, amando o maior amor da sua vida: ela mesma.

Naquele dia ela partiu, permitindo que os cacos do seu coração se reconstituíssem em um belo diamante forjado a partir da brasa incandescente de amor, que sim, ela tem a oferecer ao mundo.

No caminho ela descobriu que teria que atravessar a areia escaldante da praia se quisesse alcançar a praia e isso se repetiria inúmeras vezes enquanto fosse necessário aprender com o processo.
E isso acontece todos os dias, pois ela está crescendo e tentando, embora a dor desse fluxo lhe cause desconforto.

Ela sabe que ninguém virá diminuir o peso da sua carga e que o caminho será solitário, mas o fim do percurso guarda uma promessa de que toda lágrima se converterá em paz. 
E foi por isso que ela se foi.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Estou com raiva

Me separei há alguns meses e ainda não me acostumei com as mudanças da minha vida e com todos os sentimentos que carreguei numa década com o sonho de família de comercial de margarina que não deu certo.
Vivi um relacionamento conturbado que apagou meu brilho (sim eu o tinha) e que drenou toda a   minha sanidade mental.
O que me restou de saldo foi uma filha linda e saudável, muitos traumas, 30 kg a mais, desilusão e tristeza. Junte a isso um ex que age como um adolescente. Que mal fica com a própria filha, pois precisa estar livre pra eventuais @, para malhar, para andar na moda...
O motivo da minha raiva é isso.
Como uma pessoa que estragou a  minha vida saiu ileso assim? Por que eu fiquei com toda a carga e responsabilidades quando fui eu que honrei com 10 anos da minha fidelidade e cumplicidade? 
Muita gente diz que "aqui se faz e aqui se paga", mas sinceramente eu só vejo bônus.  Ele continua levando a vida de solteiro que sempre levou (mesmo quando vivíamos juntos) e nada nem ninguém o cobra do fim do relacionamento com uma filha pequena. 
Por outro lado todo mundo me julga por estar nessa barca furada sozinha com uma criança.  Uns acham que é um absurdo e que sou desequilibrada. Outros entendem e tem pena porque estou fadada a um destino miserável de mãe solteira.
Estou com mais raiva ainda porque o término do relacionamento me prejudicou ainda mais no quesito estudo e trabalho. Onde estou morando não tem nenhuma viabilidade de fazer EaD (meu 3g é um guerreiro mas não sobrevive às transmissões). O tiro de misericórdia é entregar a casa onde vivi 3 dos piores  anos da minha vida e jogar a última pá de cal nos meus sonhos de terminar a faculdade. 
O pai da minha filha vai continuar com a vidinha mediana dele, até porque está tudo bem assim...
Ele me atrapalhou em diversos momentos em que precisei de apoio... mas dizia a todos que me apoiava.
Quem precisa de sonhos?
Ele não os tem. Logo eu não poderia ter tb. Não é mesmo?!?
Minha vida depois de 10 anos parece terra arrasada. Tudo que tentei fazer acabou custando mais do que deveria. Sangue, suor e lágrimas.  
Por "ajuda" de quem deveria me amar e buscar o melhor pra nós. 
Estou com raiva porque percebi que amei sozinha. Construí sonhos de um futuro sozinha.
Nunca jamais havia pensado assim. 
Eu tive certeza de um nós que só existia pra mim.
E sempre fui a segunda opção na vida de quem pus em primeiro lugar.
Acho que por isso dói tanto...
A minha vida foi uma mentira.
Investi tempo, sentimentos, dinheiro, esforço... e recebi mentiras, indiferença, dor...
Aí vem o medo de que nunca mais vá encontrar alguém pra gostar de mim. Porque eu não sou uma pessoa fácil de lidar, afinal. 
Bate a solidão.  A depressão chama sussurrando "você não foi suficiente", "você não merece ser feliz", "ninguém vai te amar"
Eu queria saber se um dia vou ser feliz de novo.
Eu queria saber se um dia vou conseguir confiar em alguém de novo.
Mas hoje eu só penso em como dói ter os sonhos destroçados. 
E eu choro.
Escondida
Porque apesar de tudo o que aconteceu eu queria a minha família de volta.
Eu merecia ter uma família. 
Mas não posso falar disso com ninguém. 
Minha história com aquela pessoa terminou. 
Eu não sinto falta dela. Sinto falta do que eu achei que tínhamos.
As ilusões que criei pra sustentar aquela fachada maravilhosa que todos viam. 
Os bastidores só eu vivi.
Só eu senti.
E como senti. 
Por isso sinto raiva...



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sábado, 18 de julho de 2020

Julgamentos

Como a protagonista em "A letra escarlate" toda mulher que decide se separar carrega um fardo.
"Como ela ousou desfazer o sonho dourado da família feliz?"
A sociedade tem uma construção tão machista que você nunca verá  a mesma reação caso um homem opte pelo divorcio (seja la qual for a razão) e sim a mãe deste sujeito o receberá de braços abertos mesmo após anos e anos de vida apartada da dela.
O mesmo não se repete com facilidade comas mulheres que um dia ja saíram da casa dos pais pra constituir família  (tendo filhos ou não)
Muitas, senão todas, ouvem que ao saírem de casa devem acompanhar seu esposo onde ele for (deixando subentendido que: 1 - não poderão voltar atrás e 2 - que por issodeverão se sujeitar a diversas situações com as quaisnão concordam porque não têm pra onde ir).
Por sorte minha mãe me aceitou de volta na casa dela.  Porém ela tb tem o machismo estrutural enraizado dentrode casa. É por isso que mesmo após 6 anos o meu irmão ainda tem a cama dele no quarto dos meninos e que eu sequer posso cogitar remover do lugar porque ele pode precisar dormir lá hora ou outra
...🤷🏻‍♀️👀

Vencida a barreira de ter pra onde ir, ainda assim a mulher separada é vista como puta.
Ela não pode sequer sonhar em reconstruir a vida e encontrar alguém. Isso não lhe é permitido mesmo sendo livre e solteira
Seria cômico  se não fosse trágico que as mesmas pessoas que apontam o dedo pra mulher solteira são as que fazem vista grossa pra tudo o que o homem comprometido fez de errado na vigência do relacionamento.
Falso moralismo que chama né?

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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Sobre amor e recomeços

Há muitos anos fiz um post aqui sobre o amor.
Naquele tempo eu nada entendia sobre o amor. Era tudo muito idealizado. 
O amor que uma adolescente buscou não necessariamente é o amor que uma adulta buscará.
Talvez sejam tipos diferentes de amor ou pessoas diferentes (apesar de sermos a mesma) buscando um sentimento em momentos e com bagagens emocionais distintas.
Aquela menina queria um amor avassalador pra durar a eternidade. A mulher de hoje quer ter a sorte de um amor tranquilo, como diz a canção.

O amor como todas as coisas na vida é feito de reciprocidade. Na lealdade, na fidelidade e no que norteia aquelas vidas...
Nem sempre as coisas ocorrem conforme o script d a vida mostra que sempre teremos a oportunidade de nos reinventarmos e seguir adiante de alguma forma que embora não planejada também funciona e tudo bem.

Cada novo ciclo implica em perder algo. Um recomeço é um renascimento seguinte a uma morte.
Me separar sepultou um sonho. O sonho daquela menina que começou esse blog.
A mulher que hoje escreve sobre o amor é outra pessoa. Os caminhos que percorri me fizeram apagar diversas vezes a chama dos meus sonhos.
Hoje restam brasas que às vezes soltam fagulhas. As mesmas pessoas que podaram meus galhos, hoje criticam minha estrutura desigual... as mesmas pessoas que cortaram minhas asas criticam meu receio de alçar voo.

Aos poucos vou me cuidando e lambendo minhasferidas. Pensando se algum dia algum daqueles sonhos ainda vai voltar a arder dentro de mim.
Há dias em que penso terem me tirado tudo
Há dias em que penso em dias melhores...
Tento cuidar de mim, pois há muito havia me colocado em stand by
Tento me olhar com mais carinho.
Embora muita gente tivesse me dito elogios ao longo da vida, foram as críticas destrutivas e comportamentos humilhantes de alguns que imprimiram uma baixo auto estima voraz.
Hoje vendo as fotos da minha juventude (porque sim, ja não me sinto tão jovem assim) percebo que eu foquei tanto nas coisas ruins que diziam sobre mim que esqueci de me olhar com carinho.  Vejo fotos de uma menina doce, meiga, que tinha medo da vida, que tinha grandes sonhos e que embora ja tivesse passado por situações muito difíceis na vida, ainda mantinha a bondade com os outros.
Modéstia à parte  era uma menina bonita que nunca se sentiu assim por se comparar às demais. Por ser fora do padrão.  Por não ser popular. Por não ser outra pessoa.
Hoje ainda tenho críticas a mim. Penso que daqui há alguns anos devo olhar minhas fotos e pensar que devia ter sido menos cruel comigo mesma... mas espero que seja em menor grau de arrependimento do que tenho hoje ao olhar pras fotos de quando tinha 15 anos e era um mar de inseguranças.

O recomeço daquele tempo foi cheio de coragem.
Apesar de doloroso pro que eu sabia da vida até então.
O recomeço de hoje é fruto de muita evolução pessoal. É fruto principalmente do nascimento da minha filha que me transformou profundamente e me cobra um posicionamento frente ao mundo que a fortaleça.

Ninguém se casa (ou mora junto como foi meu caso) para se separar. Todavia, é uma possibilidade.
Agradeço às pessoas que me apoiam para que possa ter chance de recomeçar.
Infelizmente ter apoio não é uma realidade
 Então as mulheres precisam entrar em relacionamentos com os pés no chão e os olhos bem abertos para qualquer questão que fira sua integridade física ou psicológica.
Identificar os próprios limites é importante.  Conhecer as diferenças de socialização de homens e mulheres também.
Não falo pra minha filha sobre casamento.
Essa escolha não é compulsória e ela não precisa estabelecer isso como uma meta de vida (sem a qual é considerada fracassada).
Há muitas maneiras de ser feliz e cabe a cada um descobrir o seu próprio caminho.

Espero que eu esteja no rumo certo

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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Faz muito tempo...

Faz muito tempo que não escrevo. Nestes muitos anos parece que essa paixão morreu dentro de mim... o que é bem triste.
Desde o último post aconteceram muitas coisas e pouco sobrou da menina que começou esse blog há mais de uma década.
Não foi de tudo ruim, mas houve muita transformação necessária e nem tão necessárias assim... coisas da vida. 
Hoje aos 29 anos, olho pra trás e vejo que a mulher que sou hoje é fruto de muito aprendizado que construí ao longo de todos estes anos mais duros em que estive ausente do blog.

Como um breve resumo do que aconteceu:
Me formei na faculdade e no curso técnico; fiquei noiva; trabalhei; entrei no curso dos meus sonhos (2a graduação); comecei um negócio próprio: perdi pessoas queridas; me juntei com o noivo; adotei a  gatas; engravidei e dei à luz à minha filha; me separei do pai dela e atualmente estou vivendo em isolamento social sozinha com a minha bebê devido à pandemiade corona vírus. 

Tenho a dizer que nada que passei por todo o tempo que escrevi aqui é tão massacrante quanto ser mãe.  É uma vida muito solitária onde ninguém te parabeniza por nada e te critica por todos os mínimos detalhes...
É uma eterna anulação de si mesma pra que uma outra vida seja plena.
Acho que a depressão que começou lá atrás voltou a bater bem forte  na minha porta. Não me lembro a última vez que sorri pra minha filha.  Toda a carga e frustração de sequer conseguir ir ao banheiro por 2 min em paz é direcionada a ela que não tem culpa de nada.
O meu relacionamento com o pai dela chegou ao fim por inumeros fatores, mas dentre eles existia uma intensa sobrecarga do meu papel como mãe porque ele não agia como pai e eu tinha que suprir e aguentar a rotina de ser a última  a comer, dormir, tomar banho, etc
Enfim. Ser mãe é algo difícil de conciliar com qualquer coisa. É como se eu tivesse sido sugada por um vórtice e nele habitemos apenas minha filha e eu. Apesar do meu trabalho e estudos ainda me cobrarem assiduidade, é bem raro que consiga equilibrar meu dia pra ter algum rendimento em ao menos um deles.
Eu amo minha filha, mas odeio ser mãe sem rede de apoio.  As pessoas ao redor querem apenas os sorrisos e fotos. A parte do trabalho duro deixa com a mãe. Foda-se que ela precisa escolher entre dormir ou fazer alguma coisa que é impossível de ser feita com a bb acordada. (Sem falar que a criança  nem dorme muito tempo continuamente pra que alguma tarefa acadêmica seja desenvolvida)
Estou tão cansada de tudo isso.
Queria ter apoio. Gente que chega junto e que olhasse minha filha por 1h pra que eu pudesse voltar a ter algum tempo pra mim. Sem ficar me interrompendo a cada 5 min pra dizer que a criança me quer... 😒
A minha única esperança de oferecer uma vida melhor pra ela sou eu.  É terminando essa faculdade que novos horizontes se abrirão pra nós duas.  É uma oportunidade de vida que meus pais não puderam me proporcionar e que eu queria ter tido.
Me sufoca saber que as pessoas que conscientemente não me apoiam estão condenando a mim e a ela a ter uma vida ordinária sem chance de maiores realizações.  É sufocante pensar que nadei tanto pra morrer na praia mais uma vez.
O estresse é tão grande que sinto arder do meu estômago à minha garganta. Me consumo em preocupação do que será no futuro por ela.
Me culpo por ser mesquinha. Por pensar em mim. Mas tb percebo que sou a única a pensar em mim. Todos estão ocupados demais focando em suas próprias vidas (até mesmo o pai dela) para dispensarem um momento pra aliviarem a carga que é ser responsável por uma vida, sem cessar, sendo engolida e anulada com sucesso.

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sábado, 17 de maio de 2014

Mix

Olá, povo.

Não sei se alguém ainda lê este blog (em caso positivo, favor comentar abaixo)
 
Eu andei negligenciando o blog por 4 anos, é...
Estou meio que precisando externar meus pensamentos, então eu preciso ter um lugar para postar as coisas que estão me afligindo no momento.

Há algum tempo eu venho pensando em voltar a escrever, mas acho que pensei que seria esquisito expor minhas frustrações e meus anseios para pessoas que eu não conheço.

Estou tentando publicar meu livro.
Ele está parado há quatro anos.

Eu estou pensando em editá-lo eu mesma, mas esta tarefa tem se mostrado dificultosa (essa palavra existe?)

Estou sem tempo, a faculdade está terminando -- enfim -- e eu preciso arranjar tempo para conciliar as aulas, com o estágio não obrigatório + estágio supervisionado + família (casa, cachorro, gato, sobrinha, etc) + namorado + curso técnico (que decidi fazer! Don't ask!) + ENEM + segunda graduação a caminho!

É ainda tenho que me organizar para levar minha mãe para o interior de MG nas minhas férias e ainda ajudar uma amiga com o planejamento do casamento dela -- que tb será no interior de MG (mas beeem no interior mesmo!)

Whatever! Eu não sei por onde começar e acho que tenho medo de mostrar o que escrevi para o mundo. Tenho medo de ouvir das pessoas que meu trabalho é ruim... Mas eu tenho mais medo ainda das pessoas dizerem que eu me projetei na personagem...
É meu namorado disse que eu preciso parar de justificar que eu não sou a personagem antes das pessoas saberem como é o livro, porque assim só fica parecendo que eu sou a personagem.
Ele tem razão.
A  minha ansiedade em não deixar que as pessoas tenham suas próprias reflexões sobre o texto acabam fazendo com que elas simplesmente 'comprem' o que eu estou dizendo, mas no sentido inverso.
Tipo psicologia reversa.


Eu só preciso terminar a edição: acho que é isso.
Quando terminar terei feito uma lista de editoras que aceitam originais por meio digital, e logo terei a decepção de esperar por seis meses por uma resposta que nunca chega.

É acho que eu sou dramática e pessimista.

-- Tentareí postar pelo menos uma vez por semana, para ver se eu consigo expulsar a ansiedade do meu corpo --

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Balanço.

Faz quase dois anos que não posto aqui no blog...
Nesse meio tempo tnata coisa aconteceu... Nem sei bem por onde começar.
Numa ordem não cronológica, necessariamente, e sim pelo que vou lembrando tentarei enumerar os acontecimentos.
Em junho de 2010 eu havia sido reprovada na faculdade de Direito e havia ganho uma bolsa integral para cursar Medicina na Gama Filho, por uma decisão própria resolvi não ir em frente e continuar na faculdade junto com as minhas amigas.
Em julho de 2010 eu reencontrei um amigo dos tempos de colégio, e nós começamos a namorar, estamos juntos até hoje e tem sido ótimo, estou muito feliz.
Em novembro de 2010 meu pai foi hospitalizado e descobriu que estava com uma doença em estado avançado, ele sofreu uma intervenção cirúrgica severa e lutamos muito com ele, nos endividamos, dormimos em cadeiras no hospital, não estudávamos para fazer provas ou qualquer coisa assim, mas não foi em vão.
Após um mês internado ele voltou para casa mas ao precisar ser hospitalizado novamente ele não resistiu e naquele ano eu perdi o meu pai.
Agradeço ao fato do meu namorado ficar sempre ao meu lado. Ele ofereceu um suporte emocional que minha família necessitava muito.
Quando o meu pai faleceu eu não frequentava mais a faculdade corretamente, só aparecia nos dias das provas, e acabei me descuidando de algumas datas, e por isso perdi uma prova.
Fui reprovada e perdi minha bolsa de estudos.
Corri atrás de outra bolsa. Consegui. E perdi a oportunidade de dar continuidade aos meus estudos porque a faculdade tem uma capacidade incrível, ser lenta ao extremo na compilação de meros documentos simples.
Fiquei um semestre parada, trabalhei no comércio, corri atrás para caramba, me esfolei viva para ganhar dinheiro. Cheguei a trabalhar 12 horas por dia, sem ir ao banheiro por horas a fio. Sem me sentar... beeem foi difícil.
Em agosto retornei à faculdade e retomei o curso de Direito. Quis voltar para a mesma instituição porque minhas amigas estavam lá. Mas não foi a mesma coisa. Elas estão se formando e eu voltei para o início do curso.
Sinto falta do que eu partilhava com elas, nossos 'relógios acadêmicos' estão descompassados. Não consigo acompanhá-las e quase não nos falamos mais.
De uns tempos para cá tenho sentido falta disso. Me sinto triste. Sinto falta de ter alguém para me ouvir. Desde que o meu pai se foi, a minha família tem se estruturado de maneira diferente.
Eles estão se protegendo de tudo e de todos, na maioria das vezes até me atacando para conseguir fazer isso melhor.
Meus irmãos e minha mãe vêm me excluindo bastante, sinto que não posso dividir isto apenas com meu namorado, até porque essa coisa vem desgastando nossa relação com o tempo. Ninguém quer ouvir todos os dias apenas as mesmas reclamações de sempre... =/
Sinto falta de ter com quem partilhar minhas frustrações. De falar besteira e de poder contar a qualquer hora.
Acho que sou meio egoísta nesse ponto.
Me peguei com inveja de algumas pessoas de quem já fui amiga no passado.
Mas acredito que isto passe logo.
Só preciso me ocupar mais...
Queria não me sentir tão cansada, não me sentir tão exposta, e sem apoio, na maior parte do tempo.


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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Poxa São Pedro! :x


Bem tenho 40 minutos para escrever um post que com certeza vai estar um caos feito a situação aqui na minha cidadela....


Há poucos minutos me desdobrei para anotar 30 questoes de uma materia chata que vai aplicar prova em plena segunda feira depois do desastre natural do Rio de Janeiro ¬¬'
E tentei conversar com uma das minhas amigas para ver se dava uma espairecida.

Hoje é quinta. mas desde segunda-feira o RJ está um desastre só.
a chuva culminou numa enchente colossal q me deixou parada por 3 horas e meia dentro da agua, eu tava num onibus, mas mesmo assim, foi uma drogaaaa total.

Bem depois desse tempo todo lá parada, ilhada e com fome, sede e sem saco nenhum de ouvir um gay muito do engraçadinho dizendo que devia ter colado figurinha do rebelde na cruz, eu tentei dormir, depois ouvi o radio no celular tentando saber o que diabos estaria acontecendo na cidade.
resultado: saí de uma rua desertissima quase 22hs d segunda, andando de salto no meio da enchente, e tudo estava parado, o rio de janeiro estava alagado e engarrafado por kms e kms.
cheguei mais de 22h 30 e fui tomar banho, tomei um analgésico e apaguei.
meus irmaos e meu pai em casa vendo tv, e minha mae ilhada no trabaho.

Tudo bem... ^^

[fail]

Terça-feira negra : um deslizamento quase fechou a saida da minha casa, duas arvores em cima da fiação.
Estavamos sem luz e estava chovendo.

Ficamos - meu pai, meus irmãos e eu - na chuva e na lama tentando retirar a obstrução do quintal.
Quando conseguimos tirar os troncos de embauba [escreve assim?] de cima dos fios e ligamos a energia na caixa de luz -  surpresa : não tinha energia elétrica!


Havíamos ficado na chuva e nao adiantou nada, pois a  gente ficou lá à toa.


Quarta-feira, amanheci mal - com muita febre. E para onde iamos?
A família ia consertar o encanamento de água que foi levado junto com o deslizamento, digo o teletransporte de umas 8 árvores da parte superior de uma rua para a rua de baixo. Hehehe' foi uma m.

Depois disso fui cozinhar à luz de velas. Sei que parece romantico nos filmes, aquele jantarzinho otimo, mas realmente nao eh lá essas coisas.

Não dá nem para ver se o que vc tá cozinhando tá cru, cozido ou queimado... ¬¬


Fim do dia: cansada e doente.

Hoje, era para acordar às 5 da manhã para tentar sair pelo lado sul da floresta, nao acordei.
Despertei lá pela 6h30 com a claridade na janela.
Me vesti, fiz uma mala numa mochila e tivemos que descer pelo lado norte mesmo, passando por cima dos deslizamentos [!]
Cara a gente afundou na lama -- sem brincadeira -- cheguei aqui cheia de lama na calça.
Acho que eesse é um relato bem resumido desses dias.

Espero que pare de chover, que dê para salvar a maioria das pessoas vitimas de desabamentos e que Deus nos ajude, cara.


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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Confusa (...)

É complicado saber que tudo isso que estou passando seja necessário para seguir em frente...

É ruim pensar que a vida requer tantos sacrifícios, mas a gente vai seguindo até onde der.

O livro anda meio parado estou tentando continuá-lo mas é difícil prosseguir quando tanta coisa enche minha cabeça; cheguei num ponto crítico onde a história me deixa confusa, a personagem tema passa a ter experiências de vida que eu não experimentei. Por isso estou tentando ir aos poucos para descobrir como abordar alguns assuntos, isso requer concentração e pesquisa o que demanda tempo livre, coisa que não tenho e nem tão breve terei, MAS DEIXA ISSO PARA LÁ.

Estou feliz do jeito que tá, embora algumas coisas pudessem melhorar.

Queria que as coisas acontecessem como deveriam acontecer... que eu tivesse passado pra Medicina e tivesse abandonado todaa essa droga! [pronto aliviei XD]


Beijos





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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Voltando, feliz 2010 (atrasado!)

Bom tarde pessoas,

estou na faculdade tentando postar alguma coisa, enquanto a Michelle não para de me perturbar por conta do layout do blog e do funcionamento do spaces.

Estou com saudades de postar algo aqui, faz tempo que abandonei as coisas... estou um pouco confusa ainda com o que estava sentindo acerca das coisas, das pessoas e da minha vida em geral.
Estou cansada de muitas coisas, de perder as pessoas com que me importo principalmente...
Eh confuso saber que nada volta a ser igual, mas mesmo assim sonhar que algo perfeito poderia se reconstituir.
Às vezes queria voltar no tempo, mas na realidade acho que nem isso valeria a pena, queria fazer o tempo passar mais depressa de novo, e esquecer que eu penso demais sobre as coisas sem nenhuma importância, esquecer que eu não fui capaz de ter coragem em algumas ocasiões...

Sei lá, talvez eu não saiba muito sobre algumas coisas... ou sobre tudo.




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domingo, 3 de janeiro de 2010

Repagine-se

Tem fases da sua vida em que vc se sente um grande babaca, mas geralmente esta fase só chega quando a parte babaca já foi 'executada'. Não é fácil se desfazer de (maus) hábitos com os quais vc já se acostumou internamente, as vezes vc tem que mudar para que algo ao seu redor se modifique, e por mais clichê que seja discutir sobre crise de identidade, pelo menos para mim que vivo em meio a um mar de dúvidas intensas e internas...`
É difícil olhar para trás e ver que a Vivian, aquela garota esquisita que todo mundo fazia chacota continua a mesma, embora tente a todo momento se 'enturmar', não é fácil crescer, as pessoas são retardadas (!) - desculpe, tem outra palavra pra definir essa atitude infantil de julgar todos os outros seres sem nem sequer serem melhores do que estes em algo substancial? [/ironia - o fato é que de tudo é mais difícil analisar que errei em muitos momentos, que não soube parar na hora que meu bom senso (é, eu ainda tenho o bom senso escondido numa gaveta empoeirada bem no fundo da minha cabeça) mas enfim, não soube parar quando aquele alarme que todos temos dentro da mente soou, mas eu deveria realmente ter parado e analisado se o que os outros idiotas que seguem a manada tinham completa razão sobre os conselhos que davam para mim, ou se eu devia mandar as pessoas cuidarem de suas vidas e colocar um ponto final nos meus proprios problemas se e quando eu tivesse vontade... mas na verdade eu tentei me encaixar naquilo que os outros encaravam como o ideal, mas eu nao sou normal, nao sou nem de longe uma garota correlata com o que se espera de uma pós-adolescente viciada em adrenalina, álcool e relacionamentos superficiais. (¬¬) - que foi? disse alguma mentira? - Sempre que vc tenta se desvencilhar de relações viciantes, como a que passei com alguns 'amigos' se perde algo, é claro, não vou mentir para vc, mas não valhe a pena se menosprezar, pensar que os outros têm de orquestrar a minha vida para que eu possa me colocar nos moldes que todo mundo aceita, quer saber FODA-SE TODO MUNDO!
Todos eles não sou eu, eles não sabem onde vão, acham que a juventude é eterna, quando realmente não é, eu quero viver um dia de cada vez, quero descobrir onde meus pés vão me levar, e acima de tudo quero ser o oposto de garotas das quais sinto pena, com relacionamentos torpes, mesquinhos, em que buscam apenas coisas que nada tem relação com o amor em si. Gurias que agem como se a juventude fosse uma taça de champagne, borbulhante e efêmera, começa e acaba com a mesma rapidez e espontaneidade com que surgiu...
Definitivamente quero ter historias para contar, mas que tipo de historias vou contar se eu não ficar feliz em repassar minhas proprias lembranças em segredo?




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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Então é Natal!

Boa noite pessoas,
É noite de Natal, estou aqui eu em frente ao pc lembrando-me de que não posto nada aqui há muito...

Bem o post será curtinho pq nao tenho muito tempo

O livro começou a andar, meu cabelo voltou ao tom natural, mas em janeiro volta ao tom cobre que eu amei...
não pergunte pq mudei o tom, eu sou imprevisivel xD
Bem o fim de ano tá aí, e pela primeira vez em mto tempo nao hei de pedir o que todas as garotas solteiras vao pedir... por pura falta de vontade.
FATO.
Cansei de muita coisa, estou esperando algo cair do céu desta vez,
chega de correr atrás!

Acho que é só.
hehe
tenho que voltar ao estágio na segunda e nao esquecer os presentes da Pri e da Juuh;

Kissu.



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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Todo fim é um começo, e o recomeço é o melhor de tudo.

Bom dia pessoas,
Bem, pela primeira vez estou redigindo de um pc da faculdade. Pq enfim liberaram o acesso ao blogspot \o/
Estava com saudades de postar qualquer coisa tosca aqui... =/
Hoje vou assinar o contrato de estágio, por razões várias o lance do contrato ficou pendente por um mês.
Do nada estou com milhares de problemas na cabeça, tenho algumas matérias para fazer prova final... =[
Mas nada que precise me preocupar.
Estourei a conta do celular
Minha mãe vai me matar por isso.
mas enfim vou poder pagar minhas contas mais pessoais.
E vou entrar no ballet tb. =D

Os meninos andam me deixando maluca, de preocupação...
Os guris não entendem que eu não quero me relacionar.
Fico porque fico, não consigo gostar de ninguém, é complicado.
Quando me afeiçoo a pessoa geralmente levo um pé na bunda ou então descubro que não existe o 'felizes para sempre'
Estou crescendo, dificil saber lidar com isso... dificil saber que meus atos e palavras são dubios para alguns seres... =[
Estou cansada, estou animada. Depende de que parte da minha bagunça pessoal vc está analisando... rs.
A vida continua, sempre e sempre.
'I don't know where the river flows but now I'm free.'
Kisses ^^





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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Compaixão e ódio



Às vezes sinto pena dela, apesar de não ter nenhum motivo para sentir isso...
A guria em questão destruiu um relacionamento antigo meu, mas mesmo assim sinto uma pena condenada da garota, seja porque ela é uma idiota ou qualquer coisa assim, ela nunca saberá o que é ser amada de verdade, se contenta com pouco, com o resto, com momentos, que são bons de se viver, mas os momentos passam, e vc não constrói nada se não se empenhar num único ponto, saltar de um lado pro outro -ainda mais em relacionamentos afetivos liberais- não ajuda nada
Ela se faz de forte, se faz de fraca e eu penso se ela sabe realmente quais são seus limites.
Até onde ela vai? Não posso saber ao certo... Mas espero q ela encontre seu lugar, e tenha o q procura para seu próprio bem.


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